Sinto-me diferente
Dizem que quando uma mulher se ama é um ato revolucionário.
Eu tenho me sentido diferente em relação ao que está ao meu redor e em como tenho reagido. Cada coisa que aconteceu até aqui, mesmo que tenha sido um detalhe, foi fazendo parte desse processo de uma maneira natural, seguindo seu caminho.
Tenho buscado ver as coisas da vida e do cotidiano com outros olhos, com outras motivações e referências. Ter calma — essa coisa mágica que esquecemos durante a correria — tem sido uma coisa que tenho buscado com mais frequência. Tenho criado asas com as experiências vividas — talvez estivesse mais do que na hora de me tornar mais independente (mesmo que ainda a passos lentos). Passei a me aceitar como sou e a lembrar sempre que posso melhorar. Uso batom escuro sempre que quero, deixei o meu estilo com mais de mim e deixei de ler as revistas de moda que tanto idolatrava até ano passado.
Vejo outras mulheres como inspiração, e são tantas que merecem o título de mulherão da porra, meu deus. Quando converso com mulheres do meu cotidiano como minhas amigas percebi que nossos assuntos já não são mais apenas sobre de quem gostamos ou que roupas vamos usar na festa do final de semana: falamos de carreira e vida profissional, sonhos e desejos para o futuro, empoderamento, o que está acontecendo no mundo ao nosso redor e tantas outras coisas que saem do que ainda tem gente que considera como “assunto de mulherzinhas”.
Estou me tornando a mulher que quando criança queria ser. Sim, a cada dia estou em busca de ser a mulher da minha vida. Seria isso uma revolução? Dizem que quando uma mulher se ama é um ato revolucionário. De qualquer forma, que bem que tem me feito.