O tal dos vinte anos

Meus vinte anos chegaram e eu não tinha como ter sido mais feliz

Luiza Marques
3 min readOct 6, 2016

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Eu fiz vinte anos e a ficha — ainda — não caiu. Eu com vinte anos?! Para onde foram os outros anos? Como eu cheguei até aqui? Estou me tornando quem eu sempre acreditei querer ser?

Quando deu meia noite, os amigos e o namorado estavam cantando parabéns no meio do restaurante (com os garçons e tudo!), a vela estava acessa na minha frente e eu sentia o coração cheio de amor por estar comemorando com pessoas tão queridas. Assoprei e fiz o pedido. Recebi os beijos e abraços, e os desejos das melhores coisas.

Quando eu voltei para casa, meus pais me disseram tudo de mais especial que eu poderia querer ouvir.

Fiquei o ano todo pensando que o tal dos 20 anos tinha de ser especial como os aniversários de 15, 18, etc… Afinal, o primeiro dígito mudou, é um número redondinho e o início de uma nova década. Mas eu simplesmente não sabia como seria esse “aniversário especial”. Parecia que nada era o suficiente. Eu planejava e tentava fazer acontecer e não ia, não dava certo… Ainda não era o que eu queria.

Como eu não acredito em acaso, abri mão dos planos e pensei:

- Vai, Universo, me encante! Eu sei que de algum jeito vai dar certo!

A comemoração não saiu exatamente como planejado, mas foi a melhor. E foi nesse momento em que eu tive certeza de que não é tão ruim como parece deixar a vida acontecer e ver onde vai dar. Percebi que minha cabeça está mudando (obviamente) e que não talvez eu nem me importe tanto mais por não ter tido um detalhe ou outro além do que eu esperava. Foi “simples”, mas foi com as pessoas que eu queria ter ao meu lado.

Tudo ficou ainda mais gostoso com um dia inteiro recebendo carinho e lendo mensagens lindas, dessas que arrancam sorrisos.

Aniversário, para mim, é como o Ano Novo: é tempo de se renovar, de colocar na balança o que passou e o quer que chegue. E é, principalmente, época de agradecer por tudo o que fez parte da minha vida até agora — o que foi bom e até o que não foi tão bom assim — e eu não podia estar mais agradecida do que estou depois do ano que passou!

O que eu fiz até agora? E o que vai acontecer daqui para frente?

Sempre pensei que essa é a idade para começar a tomar um rumo tanto profissional quanto pessoal, que agora é a hora de ir atrás de quem eu quero ser e dar o que eu posso para alcançar meus sonhos e objetivos — apesar de eu nem ter nada muito definido, mas ok.

Eu também quero viver novas histórias e não deixar a vida passar. Quero estar mais perto daqueles que são especiais para mim e quero que novas pessoas cheguem e me marquem com o que elas tiverem de melhor.

Quero errar e, claro, aprender com meus erros. Quero que a vida continue me mostrando que as coisas podem ser boas mesmo se não forem do jeitinho que criamos na nossa cabeça. Quero continuar me apaixonando pelos detalhes da vida e não deixar que nada acabe com esse sentimento.

Mais textos assim no blog Usando Camiseta.

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Written by Luiza Marques

Sou jornalista e redatora, ou seja, vivo escrevendo | Assine minha newsletter: http://bit.ly/QuerConversar

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