Já são seis meses sem você
Cartas para meu pai II
Desde quando você se foi não teve mais “durma com os anjinhos”, os almoços de domingo estão diferentes e não vamos mais no mercado com tanta frequência como você gostava. Seguimos sendo fortes, mas você não está aqui e faz falta, isso é óbvio.
São seis meses depois de uma vida toda que te tive comigo.
Junto, perto, aqui.
Tudo o que vejo me lembra você e fico pensando como seria a sua reação assistindo esse filme, sabendo dessa notícia ou me ouvindo contar isso o que aconteceu. Mas você não está mais aqui e parece que cada dia é um sentimento novo que aparece aqui em mim. Vejo algo que você ia gostar e falo em pensamento ‘olha aí, pai, isso me lembra você’.
Dói, não posso negar.
Penso no porquê disso ter acontecido, mas não tem como saber a resposta.