Domingos
Com o tempo eu aprendi a gostar dos domingos
Todos os domingos têm um ritmo conhecido aqui em casa. Talvez seja por causa da música que começa tocando logo pela manhã e vai até o fim do almoço. Seja Simply Red, Daniel Boaventura ou Sinatra, sempre tem algo tocando ao fundo das conversas. Talvez seja por causa do aroma do prato do dia que está no ar, em qualquer canto do apartamento.
Talvez seja por ter algo como uma dança coordenada em, praticamente, todos os domingos: começa com o preparo do almoço, cochilo, café da tarde com filmes até a hora do jantar. E aí vem a parte da arrumação para deixar tudo pronto para a segunda-feira.
Domingo é o dia oficial do descanso entre uma semana puxada e outra. É o dia de se dedicar ao máximo para fazer o que gosta e estar presente com a família. É saber aproveitar os pequenos prazeres e se sentir feliz com os detalhes, sem precisar de muito.
Domingo é o dia de comer bem e apreciar o que está no prato. Risoto de camarão com funghi, feijoada, lasanha, churrasco, macarrão com frango e por aí vai. Também é o dia de não ficar longe da cozinha por muito tempo, já que na hora do café da tarde é o momento de preparar um bolo ou uma pipoca para comer enquanto assiste àquele novo filme que apareceu na Netflix.
Domingo é o dia de colocar as leituras e séries em dia (ou algo próximo disso), já que durante a semana é corrido e não sobra tempo para se dedicar a estas coisas que eu gosto tanto de fazer quando sobra um tempinho.
Aprendi a gostar dos domingos e deixei de o ver como aquele dia em que parece que nada acontece e por isso é algo como um dia perdido. Eles trazem a calma que eu preciso para seguir sempre em frente nos outros dias da semana.
